GEOGRAFIA DO CRIME:
HOMICÍDIOS E ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
NO BRASIL E ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: PABLO SILVA LIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/03/2019
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
AURÉLIA HERMÍNIA CASTIGLIONI Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
LUIZ CESAR DE QUEIROZ RIBEIRO Examinador Externo
DANIEL RICARDO DE CASTRO CERQUEIRA Examinador Externo
AURÉLIA HERMÍNIA CASTIGLIONI Orientador
ANDRE LUIZ NASCENTES COELHO Examinador Interno
ANA CAROLINA GIUBERTI Examinador Externo

Resumo: O aumento gradativo dos homicídios, observado desde meados da década de 1980 no Brasil, e as atuais taxas constatadas tornam inegável a necessidade de desenvolver estudos e pesquisas que propiciem uma melhor compreensão sobre o fenômeno da criminalidade violenta letal. Pesquisadores do campo da segurança pública, como Waiselfisz (2014) e Cerqueira (2014), apontam que as principais vítimas e perpetradores dos homicídios na maioria das vezes são jovens do sexo masculino, com idades entre 15 e 29 anos, afrodescendentes e moradores de espaços urbanos considerados desprivilegiados sob o prisma social, econômico e infraestrutural. Essas características revelam um padrão demográfico da criminalidade violenta, aqui representada pelos homicídios. O propósito desta pesquisa é aprofundar a análise e etiologia dos homicídios sob a perspectiva da demografia. Por tomar o espaço como categoria central, a geografia evidencia um vasto campo teórico e um conjunto de ferramentas de análise espacial que favorecem o embasamento de teses sobre a criminalidade violenta letal. Somado a isso, a demografia tende a contribuir na investigação das características populacionais que explicam a matriz social que dá origem à violência traduzida pelos homicídios. A hipótese admitida neste estudo é de que a variação dos homicídios é explicada por aspectos demográficos. Com base nessa premissa, são suscitadas as seguintes questões: Aspectos demográficos contribuem para explicar a variação espaço-temporal dos homicídios? Se a resposta dessa questão norteadora for positiva, qual(quais) fator(es) demográfico(s) apresenta(m) maior potencial explicativo? E em que medida esse(s) aspecto(s) influencia(m) o(s) homicídio(s)? A discussão bibliográfica aqui apresentada é fundamentada na vertente das pesquisas sobre o crime, das quais se destaca a geografia do crime, e dos estudos demográficos. Os métodos econométricos empregados por Mello e Schneider (2007) e Cerqueira e Moura (2014) são utilizados como referências teórico-metodológicas iniciais para desenvolver e operacionalizar análises sobre homicídios e aspectos demográficos no nosso modelo empírico no quadro das Unidades da Federação (UFs) e dos municípios do estado do Espírito Santo, a partir dos bancos de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre outros. Os resultados de tal modelo empírico são tomados como ponto de partida para o desenvolvimento de análises geográfico-estatísticas. Dentre os principais resultados alcançados, corroboramos que determinados aspectos demográficos, tais como a densidade demográfica, a proporção de domicílios adequados, a proporção de imigrantes, a proporção de homens jovens e as condições educacionais da população, explicam, em parte, a variação dos homicídios.

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